sábado, 5 de julho de 2014

Processos de fossilização

Os fósseis são relativamente raros, e a não ser em condições especiais, logo que um organismo morre, entram em ação agentes decompositores, que destroem completamente seu cadáver. Para que ocorra a fossilização, são necessárias condições extremamente favoráveis à preservação do cadáver ou vestígio deixado por tal organismo. Essas condições podem ser bem diversificadas; quando, por exemplo,  os restos de um organismo são cobertos por sedimentos como areia ou argila, em geral, em ambientes alagados. Os sedimentos depositados sobre os restos, com o decorrer do tempo, podem compactar-se, originando o quer se chama de rocha sedimentar. No interior dela, os vestígios do organismo se mantêm preservado de diversas formas, vindo a constituir diferentes tipos de fóssil.


Esqueleto em excelente estado de conservação de Similicauditpérix (Similicaudipteryx yixianensis), encontrado em Liaoning, China. Por Zheng Xiaoting.

Um tipo de fóssil conhecido como molde forma-se quando os restos deixados pelo organismo deixam sua estrutura gravada da rocha e desaparece completamente. Pode ocorrer que, o vazio deixado pelos restos orgânicos é preenchido por minerais, que se solidificam formando uma cópia, em rocha, do organismo original. Esse outro tipo de fóssil é conhecido como contramolde. Em certos casos, as substâncias orgânicas do cadáver contido da rocha sedimentar são, gradualmente, substituídas por minerais trazidos pela água. Lentamente, os minerais ocupam o lugar das substâncias orgânicas de forma tão exata, que todos os detalhes do organismo ficam preservado na rocha, embora não reste material orgânico original algum; esse processo é conhecido como perminerização ou petrificação.

Exemplo de petrificação; Cladocyclus (Cladocyclus gardneri), 
peixe fóssil encontrado na Formação de Santana, Ceará. Por Aline Ghilardi.

Existem ainda outros tipos de fóssil: são marcas ou pegadas que um organismo deixou sobre um terreno mole, que posteriormente solidificou-se, se transformando em rocha. Esse tipo de fóssil é a impressão, que pode fornecer informações fundamentais sobre o organismo que o produziu. É extremamente raro, mas também pode ocorrer a conservação do corpo completo ou parcial de organismos que viveram no passado. Fósseis completos de insetos, com dezenas de milhões de anos, são encontrados no interior de resina solidificada de plantas, chamada de âmbar fóssil. Corpos completos de animais como mamutes, seres peludos semelhantes a elefantes, com mais de 30 mil anos de idade foram, e ainda podem ser encontrados sob geleiras do Ártico.

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