terça-feira, 1 de julho de 2014

Dinossauros

A palavra dinossauro significa "lagarto terrível" e foi usada pela primeira vez no ano de 1842 pelo biólogo, anatomista comparativo e paleontólogo Sir Richard Owen, para indicar grandes esqueletos de répteis extintos que haviam sido recém-descobertos no Reino Unido. Embora o que esse termo signifique, esses animais não eram lagartos, e sim répteis, com uma postura ereta distinta não encontrada nos lagartos. Durante a primeira metade do século XX, grande parte da comunidade científica acreditava que os dinossauros eram lentos e sem inteligência. Entretanto, a maioria das pesquisas realizadas desde a década de 70 indicaram-nos como animais ágeis, com metabolismo elevado e com numerosas adaptações para a interação social, podendo assim serem considerados como os animais mais inteligentes de todos os tempos.

Richard Owen (1804-1892) com um crânio de crocodilo, em 1856.
Por Maull e Polyblank.

Os dinossauros divergiram dos seus antepassados arcossauros (um grupo de répteis que surgiu no inicio da Era Mesozoica, há cerca de 235 milhões de anos atrás, no Triássico Médio) há aproximadamente 230 milhões de anos durante o período Triássico, rudemente 20 milhões de anos depois que o evento da extinção do Permiano-Triássico apagou aproximadamente 95% de toda a vida na Terra. As espécies de dinossauros primitivos rapidamente desenvolveram as características de adaptação para sobrevivência e uma diversa variedade de tamanhos. Durante 135 milhões de anos, foram os dinossauros a espécie dominante do nosso planeta, envolvendo toda a Era Mesozoica quando, há cerca de 66 milhões de anos atrás, um evento catastrófico ocasionou seu desaparecimento, conhecido como "Extinção K-T".

Esqueleto de Iguanodonte (Iguanodon bernissartensis) uma das primeiras espécies e dinossauros descoberta quando Owen propôs o termo "dinossauro". Instituto Real de Ciências naturais da Bélgica, em Bruxelas. Autor da foto desconhecido.

Uma variedade imensa de dinossauros viveu durante os últimos 10 milhões de anos do período Cretáceo. Foi uma grande irradiação, mas o fim daquele longo reinado estava muito próximo. Muitas teorias têm sido elaboradas sobre a razão do seu desaparecimento. Algumas são possibilidades, enquanto outras são apenas especulações, podendo também a extinção ter se dado pela combinação de diversos fatores, sendo entretanto a mais conhecida, bem como a mais aceita, a teoria de que um grande asteroide chocou-se com a Terra, criando uma nuvem de gases nocivos que barrou a luz do Sol, causando mudanças climáticas. Ao mesmo tempo do impacto, teriam ocorrido também imensas erupções vulcânicas, lançando para a atmosfera grande quantidade de cinzas e poeira que bloquearam a luz do Sol, bem como também o que causou o impacto do asteroide.

Esqueleto de Tiranossauro (Tyrannosaurus rex), possivelmente uma das últimas espécies
dizimadas pela extinção K-T. Museu de História Natural de Carnegie, por Scott Robert Aselmo.

A maior parte das evidências descobertas a respeito do asteroide sugerem que ele possuía aproximadamente de 5 a 15 km de largura, e colidiu nas proximidades na península de Iucatã, no México, criando a cratera de Chicxulub, medindo em torno de 180 km de diâmetro. Sua queda teria causado uma longa e anormal queda da temperatura atmosférica da Terra; no entanto, há quem diga que ela teria, ao contrário, criado uma onda de calor incomum. Mas o fato é que as espécies que sobreviveram ao impacto também tiveram que lidar com a incapacidade de que a luz solar chegasse à superfície. Como consequência disso, muitas espécies vegetais que precisavam realizar a fotossíntese não teriam sobrevivido, o que causou a morte dos herbívoros que eram alimento dos carnívoros, ocorrendo assim uma extinção em cadeia.

Representação artística que trata do momento da queda do asteróide, há 66 milhões
de anos atrás. Autor desconhecido.

A teoria de colisão do asteroide foi trazida a conhecimento 1980, por Walter Alvarez, professor do departamento de ciências planetárias da Universidade da Califórnia, em Berkeley. Os cientistas não estão certos se os dinossauros estavam prosperando ou em declínio antes do impacto, e embora a velocidade de uma extinção não possa simplesmente ser deduzida a partir do registro fóssil, vários modelos sugerem que a extinção foi extremamente rápida. Pode ter sido um evento catastrófico para os dinossauros, bem como para outros animais que foram incapazes de se adaptar as novas condições do mundo que renascia. Mas surpreendentemente algumas criaturas sobreviveram, como tubarões, medusas, pequenos mamíferos, aves primitivas, peixes, insetos e etc, embora nenhum animal de grande porte tenha sobrevivido.

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